Os preços dos feijões carioca e preto mantiveram trajetórias distintas entre os dias 21 e 29 de agosto, aponta o Indicador Cepea/CNA.
Segundo a análise, o carioca segue sustentado pela preferência por lotes de melhor qualidade, enquanto o feijão preto permanece pressionado pela ampla oferta disponível, ainda que algumas praças tenham registrado ligeira recuperação.
Veja como o mercado dos grãos se comportou no período:
Feijão Carioca (Notas 9 ou superior) – A capacidade de armazenamento dos melhores lotes tem sido estratégica neste período de colheita. Do lado da demanda, prevalece a busca por grãos mais claros, de granulação elevada e variedades de escurecimento lento.
Nesse intervalo, as valorizações ocorreram em praças com maior seletividade, com destaque para o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, onde as cotações subiram 4,95%, chegando a R$ 222,50/sc de 60 kg. Em Itapeva (SP), houve alta de 0,71%, a R$ 243,22/sc.
Em contrapartida, Goiás registrou retrações no Centro/Noroeste do estado (-1,81%) e no Leste (-0,38%). Os preços atuais já se aproximam das médias acumuladas desde setembro/24 em praças como Itapeva (R$ 258,03/sc) e Noroeste de Minas (R$ 238,10/sc).
Feijão Carioca (Notas 8 e 8,5) – O comportamento foi heterogêneo entre as regiões. Em praças com lotes mais claros e peneira 8,5, houve valorização; já os grãos com defeitos ou tendência a escurecimento rápido tiveram descontos.
Curitiba registrou alta de 5,72% na semana, fechando a R$ 186,87/sc no dia 29, enquanto na Metade Sul do Paraná a elevação foi de 4,64% (R$ 176,25/sc). Já Barreiras (BA) apresentou queda de 5,13% (R$ 197,33/sc) e Sorriso (MT), de 0,56%.
No agregado, os preços se aproximam das médias acumuladas desde setembro em regiões como Noroeste de Minas (R$ 207,31/sc) e Leste Goiano (R$ 195,41/sc).
Feijão Preto (Tipo 1) – A oferta abundante segue pressionando o mercado, embora algumas praças tenham mostrado leve recuperação. Em Curitiba, a cotação avançou 3,26%, para R$ 132,57/sc, e na Metade Sul do Paraná, 0,56%, a R$ 117,95/sc. No Nordeste Rio-grandense (RS), entretanto, os preços se mantiveram estáveis em patamares baixos, com a saca a R$ 120,83, ainda distante da média histórica de R$ 144,26/sc.