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Cruzeiro elimina Atlético-MG na Copa do Brasil em meio a polêmica com post de Lyanco

Introdução

O clássico mineiro entre Cruzeiro e Atlético-MG, válido pelas quartas de final da Copa do Brasil 2025, foi marcado não apenas pela eliminação do Galo, mas também por incidentes extra-campo que geraram ampla repercussão. Com uma vitória por 2 a 0 no Mineirão, o Cruzeiro garantiu sua vaga nas semifinais, enquanto o Atlético-MG deixou a competição em meio a controvérsias envolvendo o zagueiro Lyanco, que protagonizou uma postagem de teor preconceituoso nas redes sociais após a partida.

Desenvolvimento

O jogo em si foi dominado pelo Cruzeiro, que desde o início impôs seu ritmo e criou as melhores oportunidades. Os dois gols da equipe celeste, ambos marcados no segundo tempo, selaram a classificação e deixaram o Atlético-MG sem reação. A defesa atleticana, que contou com o retorno de Lyanco após uma lesão muscular na coxa esquerda que o afastou do jogo de ida na Arena MRV, mostrou falhas cruciais que foram exploradas pelos adversários.

Além do desempenho em campo, a partida foi palco de manifestações lamentáveis da torcida cruzeirense, que direcionou gritos homofóbicos ao zagueiro Lyanco, repetidamente chamado de “viado” durante o confronto. O árbitro Rafael Rodrigo Klein registrou tais incidentes em súmula, destacando a gravidade do comportamento dos adeptos. Após a finalização do jogo, Lyanco optou por não conceder entrevistas na zona mista, justificando que preferia evitar “falar besteira” em um momento de forte comoção.

No entanto, a situação escalou para além do estádio quando o atleta publicou um post em suas redes sociais que continha teor misógino e preconceituoso. Na mensagem original, Lyanco escreveu: “A vida é desse jeito, Ou você abaixa a cabeça e enfraquece ou levanta a cabeça e enfrenta como homem! Boa a todas as meninas, menstruaram e viraram mocinhas! Feliz dia!”. O trecho final, claramente ofensivo e depreciativo, foi rapidamente alvo de críticas por reforçar estereótipos negativos e promover discriminação de gênero.

Minutos após a publicação, o zagueiro editou o post e removeu a parte preconceituosa, mas a captura de tela da versão original já havia se espalhado nas redes, gerando indignação entre torcedores, especialistas e entidades defensores dos direitos humanos. A atitude de Lyanco, somada ao contexto de ter sido vítima de insultos homofóbicos durante o jogo, criou um ciclo de violência verbal que mancha o esporte e levanta debates sobre a necessidade de maior educação e respeito no futebol.

Conclusão

O episódio envolvendo Lyanco ilustra um problema estrutural que vai além de uma simples provocação entre rivais. A postagem preconceituosa, ainda que editada posteriormente, revela a persistência de comportamentos inadequados que perpetuam discriminação e desrespeito. Paralelamente, os gritos homofóbicos dirigidos ao jogador durante a partida mostram que tanto dentro quanto fora de campo há uma urgência em combater todas as formas de preconceito.

Embora o futebol seja naturalmente passionais e marcado por rivalidades, é fundamental que clubes, atletas e torcedores promovam um ambiente de respeito e inclusão. A eliminação do Atlético-MG na Copa do Brasil ficará marcada não apenas pelo resultado esportivo, mas por esses lamentáveis incidentes que servem como alerta para a necessidade de evolução cultural no esporte brasileiro.

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