Câmara Rejeita Pressão por “Tarifaço” e Descarta Votar Anistia
Brasília, 14 de julho de 2025 – A Câmara dos Deputados sinalizou hoje que não cederá à pressão gerada pelo “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos e, em uma decisão unânime entre as principais lideranças, descartou a possibilidade de votar qualquer proposta de anistia relacionada a atos antidemocráticos. A postura da Casa reflete um posicionamento de defesa da soberania nacional, mas sem abrir mão da rigorosidade legal, mesmo em um momento de tensão econômica e política.
A recusa em votar anistia foi confirmada por líderes da base do governo e da oposição, indicando um raro consenso no Parlamento. A mensagem é clara: as retaliações comerciais americanas, embora preocupantes, não serão usadas como moeda de troca para pautar projetos que flexibilizem a punição a atos considerados uma ameaça à democracia.
“Não há espaço na Câmara para anistia. A defesa da democracia e das instituições é inegociável, independentemente das pressões externas ou das crises econômicas. Nosso foco é encontrar soluções para o ‘tarifaço’, mas sem misturar as agendas”, afirmou um influente deputado da bancada governista, sob a condição de anonimato.
A pressão por anistia tem sido um tema recorrente em setores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente após os eventos de 8 de janeiro de 2023. No entanto, a declaração de hoje da Câmara representa um freio significativo a essas discussões, solidificando o entendimento de que tais medidas não avançarão no Legislativo.
Enquanto isso, o Parlamento se prepara para debater as medidas de reciprocidade que o governo Lula pode adotar contra as tarifas americanas. A prioridade, segundo os parlamentares, é a proteção da indústria e do agronegócio brasileiros, sem que a agenda interna seja desviada por questões que ferem princípios democráticos. A Casa Legislativa reforça, assim, seu papel de guardiã da Constituição em meio às turbulências externas.