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Agro brasileiro acelera reposicionamento para lucrar e liderar na era do carbono neutro

O agronegócio brasileiro está passando por uma transformação estratégica para assumir protagonismo na economia global de baixo carbono. Produtores, indústrias e instituições financeiras têm intensificado investimentos em práticas sustentáveis, mirando tanto a redução de emissões quanto a geração de novas receitas com créditos de carbono. O movimento reforça uma mudança de posicionamento do setor, que busca unir produtividade, conservação ambiental e competitividade internacional.

Setor aposta em práticas regenerativas e mercado de carbono

A transição verde ganha força impulsionada por avanços em modelos de agricultura de baixo impacto, como integração lavoura-pecuária-floresta, sistemas regenerativos, recuperação de pastagens degradadas e ampliação de áreas de vegetação preservadas nas propriedades.

Além de benefícios agronômicos, como melhoria do solo e aumento da produtividade,  essas iniciativas abrem portas para a certificação e venda de créditos de carbono, vista como uma nova frente de receita para produtores de diferentes portes.

Impulsionamento financeiro e demanda internacional

Instituições financeiras especializadas em agronegócio têm criado instrumentos específicos para financiar a transição sustentável, apoiando projetos voltados à redução de emissões e à manutenção de florestas. Empresas exportadoras, pressionadas por exigências de mercados como Europa e Ásia, também ampliam programas de rastreabilidade, compra sustentável e metas ambientais em suas cadeias.

Com o aumento da demanda global por produtos de origem responsável, o Brasil enxerga a oportunidade de posicionar-se como fornecedor de alimentos com baixa pegada de carbono, um diferencial competitivo num cenário de consumidores e governos cada vez mais atentos às práticas ambientais.

Obstáculos ainda dificultam avanço

Apesar do potencial, especialistas apontam entraves importantes para que o país consolide a liderança na agenda do carbono neutro. Entre os principais desafios estão a regularização fundiária, pendências em cadastros ambientais, necessidade de padronização de metodologias de medição de emissões e carência de assistência técnica para pequenas e médias propriedades.

Também há preocupação com a credibilidade do mercado voluntário de carbono. A falta de parâmetros unificados e de dados transparentes pode comprometer a confiança de investidores e compradores internacionais, exigindo articulação entre governos, entidades do setor e instituições certificadoras.

Brasil busca protagonismo na economia verde

Com protagonismo global na produção de alimentos, recursos naturais abundantes e crescente adoção de tecnologias de baixo impacto, o Brasil tenta se consolidar como uma potência do carbono neutro. A expectativa é que, com avanços regulatórios e maior oferta de crédito e assistência técnica, o país possa ampliar tanto a captura de carbono quanto os ganhos financeiros associados ao mercado climático.

A movimentação reforça o papel estratégico do agronegócio na agenda ambiental e abre caminho para que o setor amplie sua relevância não apenas como fornecedor de alimentos, mas também como agente-chave da transição global para uma economia mais sustentável.

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