A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização do azeite Los Nobles. A informação foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (16).
Segundo a resolução, o azeite de oliva tem origem clandestina, sem registro válido junto à Anvisa para importação e sem registro na Anmat (Administração Nacional de Alimentos, Medicamentos e Tecnologia Médica), autoridade sanitária argentina.
Além da comercialização e importação, também ficam proibidas a fabricação, distribuição, propaganda e uso do produto.
Conforme apurou a CNN, a marca Los Nobles está proibida na Argentina desde julho de 2019. Segundo o Diário Oficial da República Argentina, o produto não cumpria com a regulamentação alimentar vigente.
Na época, a Agência de Segurança Alimentar de Santa Fé, cidade castelhana, informou que tanto os registros do estabelecimento quanto da autorização do produto não existiam.
Cruzada contra falsificações
As marca se soma à lista de dez azeites considerados irregulares pela Anvisa este ano. Veja quais são:
- La Ventosa
- Grego Santorini
- Quintas D’Oliveira
- Alonso
- Escarpas das Oliveiras
- Almazara
- Serrano
- Málaga
- Campo Ourique
- Vale dos Vinhedos
A reguladora tem divulgado uma série de medidas relacionadas ao produto. A ação é resultado da identificação de produtos clandestinos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), responsável pela classificação e pelo cadastro de empresas produtoras de óleos vegetais.
A partir dessas informações, a agência tem determinado a proibição e o recolhimento dos azeites.
Dicas ao comprar azeite
O azeite está entre os produtos alimentares mais fraudados do mundo. Para evitar ser enganado na hora da compra, o Mapa sugere alguns cuidados:
- Desconfie sempre de preços abaixo da média;
- Se possível, verifique se a empresa está registrada no ministério;
- Confira a lista de produtos irregulares já apreendidos em ações do Mapa;
- Não compre azeite a granel;
- Fique atento à data de validade e aos ingredientes contidos;
- Opte por produtos com a data de envase mais recente.
Além disso, é possível contribuir denunciando rótulos enganosos. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), por exemplo, faz análises e denúncias de produtos com informações falsas ou abusivas. Também é possível denunciar ao Procon.