Em uma declaração que reforça a política externa do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “não preciso ficar subordinado ao dólar”. A fala do presidente, proferida no 17º Encontro Nacional do PT, é uma resposta direta à escalada da crise comercial com os Estados Unidos, que impôs um “tarifaço” sobre produtos brasileiros.
A declaração de Lula se alinha à sua postura de defesa da soberania nacional e da autonomia do Brasil no cenário global. O presidente defende que o país deve buscar parcerias com outras nações e fortalecer moedas locais no comércio internacional, diminuindo a dependência da moeda americana. Essa visão é parte da estratégia do governo de se contrapor ao protecionismo de Donald Trump, que já impôs tarifas e revogou vistos de ministros brasileiros.
O discurso de Lula sobre o dólar reflete a busca do governo por uma diversificação de parcerias e a reabertura de mercados, como o da Venezuela, que voltou a isentar produtos exportados do Brasil. Lula tem defendido um trabalho de “bastidor” para negociar o tarifaço, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a citar a possibilidade de uma “3ª Guerra Mundial” ao falar sobre tarifas.
A oposição, por sua vez, tem criticado a postura do governo. O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, cobrou que Lula ligue para Trump para resolver o impasse. Enquanto isso, o presidente calibra seu tom de resposta a Trump em meio ao tarifaço.
