EUA reduziram tarifas globais para 200 produtos, mas mantiveram taxa de 40% para o café brasileiro, o que exportadores veem como prejuízo ao Brasil. Concorrentes como Colômbia e Vietnã tiveram tarifa zerada, enquanto o Brasil segue taxado em 40%. Vendas de café do Brasil aos EUA caíram mais de 50% após o tarifaço.
Setores de carne e frutas consideraram a medida positiva, mas temem exceções como a uva, cuja exportação caiu mais de 70%. Governo brasileiro avaliou a redução como boa notícia, mas segue atento a itens que continuam tarifados. Trump descartou novos cortes por ora, dizendo que preços devem cair; tarifa foi revista por pressão da inflação e análises sobre oferta interna.
Após comemoração inicial, exportadores brasileiros de carne, café e frutas adotaram um tom mais cauteloso e até pessimista em relação à redução das tarifas de importação pelos Estados Unidos. Na sexta-feira (14), os EUA reduziram a taxa global de 10% para cerca de 200 produtos, mas mantiveram a sobretaxa de 40% ao Brasil. “Melhorou para os nossos concorrentes e piorou para o Brasil”, disse o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, ao g1.
O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos EUA. Com o “Muitos já tinham acordo bilateral formado, outros estavam com 10% como a Colômbia e a Etiópia”, disse o diretor. “[A taxa de] 40%, se ficar, continua proibitiva e não muda nada.