O Brasil tem intensificado os investimentos em bioinsumos como estratégia para manter sua posição de destaque no mercado global do agronegócio sustentável. A adoção desses produtos, que incluem biofertilizantes, defensivos biológicos e agentes de controle natural de pragas, cresce de forma acelerada, impulsionada por políticas públicas, demanda internacional e pela busca de maior competitividade no campo.
De acordo com dados recentes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o mercado brasileiro de bioinsumos já movimenta bilhões de reais por ano e deve registrar crescimento acima de dois dígitos até 2030. Grandes exportadores de grãos, frutas e carnes veem na substituição parcial de químicos por soluções biológicas uma oportunidade de ampliar mercados, sobretudo na Europa e na Ásia, que exigem cada vez mais práticas agrícolas de baixo impacto ambiental.
Especialistas apontam que o uso de bioinsumos não só reduz a dependência de defensivos tradicionais, como também melhora a saúde do solo, diminui custos de produção e agrega valor ao produto final. O Brasil, que já é referência mundial na adoção de biotecnologia no campo, busca agora transformar a bioeconomia em diferencial competitivo.
“Os bioinsumos representam um caminho sem volta para o agro. Eles unem inovação, produtividade e sustentabilidade, algo essencial para que o Brasil continue protagonista nas exportações”, afirma o engenheiro agrônomo Paulo Mendes, pesquisador em agricultura sustentável.
Com a demanda global por alimentos sustentáveis em crescimento, a aposta do Brasil em bioinsumos sinaliza não apenas uma adequação às novas exigências, mas também uma oportunidade de liderar a transição para um modelo agrícola mais verde e competitivo.