PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Vice-secretário dos EUA critica domiciliar de Bolsonaro: Ditadura judicial

Um vice-secretário do governo dos Estados Unidos, cujo nome não foi especificado, criticou publicamente a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando-a como um sinal de “ditadura judicial”. A declaração eleva o nível de tensão entre os dois países e se alinha com a visão da administração de Donald Trump em relação às ações do Judiciário brasileiro.

A crítica do vice-secretário ocorre em um contexto de atritos crescentes. O governo dos EUA já havia aplicado sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, usando a Lei Magnitsky. O secretário do Tesouro americano, Scot Besset, justificou a sanção acusando Moraes de “campanha opressiva de censura” e “detenções arbitrárias que violam os direitos humanos”.

A decisão de Moraes de determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro é vista por aliados do ex-presidente como Hamilton Mourão como fruto da “insegurança jurídica”. O próprio Bolsonaro tem acusado Moraes de “comandar o Brasil” e de estar por trás de uma “perseguição” política.

A declaração do vice-secretário americano, ao utilizar o termo “ditadura judicial”, reforça a tese de que a negociação do “tarifaço” imposto por Trump está ligada à situação jurídica de Bolsonaro. A oposição no Brasil, por sua vez, tem intensificado a pressão contra Moraes e Lula e feito atos pela anistia. O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, pediu uma reação contundente da Casa após a prisão de Carla Zambelli, uma aliada de Bolsonaro, que foi presa na Itália.

A declaração do vice-secretário dos EUA, portanto, não apenas adiciona mais um elemento de atrito diplomático, mas também fornece um endosso externo à narrativa de oposição a Moraes e ao governo brasileiro.

Leia mais

PUBLICIDADE