A arbitragem da Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá, passará por mudanças significativas com a ampliação das funções do VAR, sistema de vídeo que já é usado para revisar lances decisivos nas partidas.
Ampliação inédita do protocolo
A proposta surge após debates internos sobre a necessidade de reduzir erros considerados “decisivos” em grandes competições.
Atualmente, o VAR só pode interferir em quatro situações: lances de gol, pênalti, cartão vermelho direto e identificação de jogador advertido. Com as mudanças, o sistema passará a revisar situações que antes não eram contempladas, incluindo expulsões por segundo cartão amarelo e marcações de escanteio.
A ideia em análise permitiria:
Revisar quem tocou por último na bola antes do escanteio, evitando cobranças indevidas que possam gerar jogadas perigosas;
Corrigir o segundo cartão amarelo equivocado, quando o árbitro de vídeo entender que houve erro claro na aplicação da advertência.
Teste específico para a Copa
As mudanças serão adotadas exclusivamente durante a Copa de 2026, em caráter experimental. Caso tenham boa repercussão, poderão ser incorporadas ao protocolo oficial.
A votação final está prevista para março de 2026, na reunião anual da International Football Association Board (IFAB), e, se aprovada, a nova regra entrará em vigor pouco antes do início do torneio.
Resistência e preocupações
O debate deve ser acirrado. Setores do futebol europeu têm demonstrado preocupação com o aumento de revisões e interrupções, temendo impacto no ritmo das partidas. A revisão de segundo amarelo também é considerada sensível, por depender de interpretação, algo que a IFAB historicamente tenta evitar no uso do VAR.
Mesmo assim, integrantes da entidade defendem que, por ser uma Copa do Mundo, com enorme impacto competitivo e midiático, é o cenário ideal para testar ajustes de alto impacto na arbitragem.
O que esperar
A decisão da International Football Association Board poderá definir um Mundial com arbitragem ainda mais tecnológica. Se aprovada, a ampliação do VAR deve tornar o torneio de 2026 o mais monitorado da história, abrindo um precedente para mudanças permanentes no futebol mundial.