O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quarta-feira (31) pedidos de arquivamento de investigações contra deputados federais acusados de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A decisão, tomada por maioria dos ministros, mantém as apurações sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com fontes do STF, as investigações apontam para a possível articulação de parlamentares no financiamento e organização dos protestos que resultaram em invasões aos prédios dos Três Poderes. Entre os alvos estão deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, cujos nomes permanecem sob sigilo.
Provas colhidas pela Polícia Federal incluem mensagens trocadas em grupos de WhatsApp e registros financeiros que indicariam o repasse de recursos para manifestantes. O Ministério Público Federal argumenta que há indícios suficientes de crimes como incitação ao golpe e dano ao patrimônio público.
Os parlamentares investigados alegam perseguição política e violação do foro privilegiado, mas o STF manteve a competência para julgar o caso por entender que os fatos estão diretamente relacionados a ataques contra as instituições democráticas.
A decisão do STF reforça o posicionamento da corte no combate a atos considerados antidemocráticos e deve impactar o cenário político nas próximas semanas. Analistas apontam que a manutenção das investigações pode tensionar ainda mais as relações entre o Judiciário e o Congresso Nacional.
Especialistas em direito constitucional avaliam que o caso testará os limites entre liberdade de expressão e responsabilização por atos que ameacem a democracia. O desfecho poderá criar jurisprudência para casos semelhantes no futuro.