O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta terça-feira (14) ao julgamento dos réus do Núcleo 4 da chamada “trama golpista”, grupo acusado de planejar ações para manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. A sessão está sendo conduzida pelo ministro Flávio Dino, com o relator Alexandre de Moraes apresentando o relatório detalhado do caso.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação dos sete réus, afirmando que o grupo promoveu uma “guerra informacional” para criar condições favoráveis a um golpe de Estado.
Quem são os réus do Núcleo 4
Os sete acusados incluem militares e civis que enfrentam acusações de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. São eles:
Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva)
Ângelo Martins Denicoli (major da reserva)
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal)
Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente)
Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel)
Marcelo Araújo Bormevet (policial federal)
Reginaldo Vieira de Abreu (coronel)
O Núcleo 4 é considerado uma milícia digital, responsável por disseminar desinformação e organizar ações que atentam contra a democracia brasileira.
Próximos passos no julgamento
O julgamento seguirá ao longo desta semana, com sessões programadas para os dias 14, 15 e 21 de outubro. Já o julgamento do Núcleo 2 da trama golpista, que inclui seis acusados, como Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro) e Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal), está agendado para dezembro.
