O presidente da Rússia, Vladimir Putin, telefonou nesta quinta-feira (11) ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para reafirmar o apoio político e estratégico de Moscou ao governo de Caracas. Segundo comunicado oficial, Putin destacou a “solidariedade ao povo venezuelano” e assegurou que os acordos bilaterais em comércio, energia e finanças seguirão sendo prioridade para os dois países.
A ligação ocorre em meio ao aumento das tensões entre Venezuela e Estados Unidos, que intensificaram sanções e pressões diplomáticas. Nas últimas semanas, o governo Maduro tem reforçado sua narrativa de resistência e ampliado articulações com aliados tradicionais. Em Caracas, manifestações pró-governo reuniram milhares de apoiadores em defesa do presidente.
Além da Rússia, lideranças políticas e movimentos sociais da América Latina mantêm declarações de solidariedade histórica ao país, ainda que algumas capitais adotem postura mais cautelosa diante do avanço da crise. Paralelamente, opositores no exterior, como María Corina Machado, têm criticado a atuação do governo e defendido o aumento da pressão internacional.
A demonstração de apoio de Moscou fortalece a posição de Maduro no tabuleiro geopolítico e reforça a presença russa na América do Sul. Em um momento de disputa por influência na região, a Venezuela volta a ocupar o centro do debate internacional, dividindo governos e ampliando o clima de instabilidade diplomática.