O metal atravessa a fronteira entre as cidades-gêmeas de Guajará-Mirim, no Brasil, e Guayaramerín, na Bolívia. Em solo brasileiro, é distribuído clandestinamente para uso no garimpo ilegal. No Brasil, a venda de mercúrio é legal apenas para empresas autorizadas e com uso específico, como na indústria de cloro e soda.
A Bolívia opera como um grande depósito legal de mercúrio, enquanto a fronteira com Rondônia age como uma “torneira clandestina” aberta ao contrabando. O estado de Rondônia é uma das principais portas de entrada do mercúrio ilegal na Amazônia. O metal atravessa a fronteira entre as cidades-gêmeas de Guajará-Mirim, no Brasil, e Guayaramerín, na Bolívia.
Em solo brasileiro, é distribuído clandestinamente para uso no garimpo ilegal. A rota do mercúrio foi detalhada no estudo “Mercúrio na Amazônia: redes criminosas transnacionais, vulnerabilidade socioambiental e desafios para a governança”, elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). 🔎 O mercúrio é utilizado na amalgamação, processo que separa o ouro de sedimentos como areia e pedras.
Atualmente, não há substância com a mesma facilidade de manejo. Além disso, ele é fácil de transportar e acessível no mercado paralelo. O estudo aponta que a transformação de Rondônia como rota estratégica para atividades ilícitas foi impulsionada por fatores políticos, econômicos e geográficos.