O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou que a organização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 30, que acontecerá em novembro em Belém, decidiu reavaliar um edital que inicialmente impôs restrições à venda de alimentos típicos, como o açaí e o tucupi, muito apreciados na região. O anúncio ocorreu no último sábado, quando Sabino ressaltou a importância de garantir que a culinária local tenha representação no evento internacional.
A restrição inicial, que foi publicada pela Organização dos Estados Ibero-americanos, gerou reações negativas entre os moradores e profissionais do setor gastronômico do Pará, que consideram esses itens essenciais para a identidade cultural da região. Diante das críticas, a organização decidiu corrigir o edital, removendo a cláusula que proibia a venda desses alimentos durante a conferência.
A proposta original visava selecionar operadores para 87 quiosques e restaurantes que estarão localizados em áreas de acesso restrito, conhecidas como Blue Zone, e em zonas abertas ao público, a Green Zone. O objetivo era garantir o fornecimento de alimentos para os participantes, mas a falta de inclusão de pratos regionais gerou insatisfação.
Em resposta aos apelos da comunidade local e dos chefs da culinária paraense, Celso Sabino tomou a iniciativa de se envolver diretamente nas negociações. A articulação feita pelo ministro buscou sensibilizar a organização sobre a necessidade de incluir não apenas o açaí e o tucupi, mas também outros pratos tradicionais, como a maniçoba, que fazem parte da rica gastronomia brasileira e da cultura paraense.
A decisão de rever as proibições demonstra um compromisso com a valorização da culinária local, além de proporcionar aos participantes da COP 30 uma experiência mais autêntica e representativa. O ministro enfatizou que a inclusão desses alimentos não só beneficiaria a economia local, como também promoveria a diversidade cultural da região.
O evento em Belém é uma oportunidade única para o Pará mostrar suas tradições e seus produtos, o que pode ajudar a fortalecer a imagem do estado a nível nacional e internacional. As atrações gastronômicas, além de enriquecer a conferência, também atraem o turismo, um setor primário para a economia local.
Além do açaí e do tucupi, outros ingredientes típicos, como peixe fresco e temperos regionais, devem fazer parte do cardápio oferecido durante a COP 30. Essa inclusão também pode servir como um exemplo positivo de como grandes eventos podem colaborar com a promoção da cultura e da economia local.
No entanto, o sucesso dessa iniciativa dependerá da adesão de chefs de cozinha e restauradores que estarão à frente desses quiosques e restaurantes. Celso Sabino aguardou um compromisso dessa comunidade, reforçando a importância da preparação e da apresentação desses pratos para que se destaque a riqueza da culinária paraense.
O ministro também expressou confiança de que a inclusão das tradições alimentares locais resultará em pratos que deixarão um legado positivo em relação à experiência dos visitantes na COP 30. A previsão é que o evento atraia milhares de participantes de diferentes partes do mundo, e a gastronomia será um atrativo à parte, contribuindo para tornar a conferência um sucesso.
Com essa revisão, espera-se que a COP 30 em Belém seja não apenas um importante espaço para discutir questões climáticas, mas também uma vitrine para a cultura e a culinária da região, celebrando a identidade paraense em um evento de grande magnitude internacional.