A República Democrática do Congo vive seu maior momento no futebol em mais de 50 anos. A seleção congolesa eliminou a Nigéria em um duelo dramático neste domingo e avançou à repescagem intercontinental, ficando a poucos passos de retornar à Copa do Mundo, algo que não acontece desde 1974.
Vitória histórica em duelo eletrizante
O jogo teve contornos de decisão. A Nigéria saiu na frente logo no início, aproveitando erro defensivo da equipe congolesa. Mas o Congo reagiu ainda no primeiro tempo com Meschack Elia, que completou boa jogada pela direita. A partida seguiu aberta, com chances para os dois lados, e o goleiro Timothy Fayulu se destacou com intervenções decisivas.
Sem vencedor no tempo normal e na prorrogação, o confronto foi para os pênaltis. Fayulu defendeu uma das cobranças, e o capitão Chancel Mbemba converteu o último tiro, garantindo a vitória por 4 a 3 e a classificação dos “Leopardos”.
A um passo de encerrar um jejum de 50 anos
O Congo não disputa uma Copa desde 1974, quando ainda competia como Zaire. O avanço à repescagem intercontinental recoloca o país na rota do Mundial e simboliza a reconstrução de uma seleção que passou décadas distante das grandes competições.
Próximos passos: o que o Congo enfrenta agora
A seleção agora disputa, em março de 2026, o playoff intercontinental, um mini-torneio em campo neutro que definirá duas vagas para a Copa do Mundo.
O torneio reúne 6 seleções, sendo:
República Democrática do Congo (África) – já classificada;
Bolívia (CONMEBOL) – já garantida;
Nova Caledônia (Oceania) – já confirmada;
1 representante da Ásia (AFC) – a vaga será definida, com Emirados Árabes Unidos e Iraque entre os mais próximos da classificação;
2 representantes da CONCACAF, ainda por definir.
As seis seleções disputarão duas vagas no Mundial. As quatro de ranking mais baixo jogam semifinais, e os dois times mais bem ranqueados entram diretamente na final do mini-torneio.
Quantos jogos faltam para o sonho virar realidade
O Congo precisa vencer dois jogos para voltar à Copa do Mundo:
1. A semifinal (se não for cabeça de chave)
2. A final do playoff intercontinental
Caso entre diretamente na final pelo ranking, precisaria de apenas uma vitória.
Uma campanha marcada pela superação
Após eliminar Camarões e, agora, a Nigéria, o Congo vive uma fase de afirmação no cenário africano. O técnico Sébastien Desabre montou uma equipe disciplinada, física e competitiva, que resiste em jogos grandes e cresce em momentos decisivos.
Agora, restam poucos passos para que os “Leopardos” encerrem um dos maiores jejuns do futebol mundial e retornem ao principal palco do esporte.