O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou, neste domingo (21/9), que o reconhecimento da Palestina pelo Reino Unido como Estado é “nada mais do que uma recompensa para o Hamas”.
Ainda segundo o ministério, o Hamas é “encorajado por sua Irmandade Muçulmana afiliada no Reino Unido”.
Reconhecimento do Estado da Palestina
- O apoio ao reconhecimento do Estado da Palestina surge em meio a uma onda de críticas contra o governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel e responsável pelo aumento da violência e fome no enclave palestino.
- Assim como já fizeram 147 dos 193 países que compõem a ONU, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou, no mês passado, que a França também vai reconhecer a Palestina.
- Na Assembleia Geral da ONU, outros países também prometeram reconhecer formalmente o Estado da Palestina
Assim como o Reino Unido, o Canadá e a Austrália também anunciaram reconhecer a Palestina como Estado. A decisão acontece um dia antes do início da 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA).
A declaração do Ministério das Relações Exteriores de Israel ocorre poucos minutos após o reconhecimento da Palestina.
“Os próprios líderes do Hamas admitem abertamente: este reconhecimento é um resultado direto, o ‘fruto’ do massacre de 7 de outubro. Não deixe que a ideologia jihadista dite sua política”, afirmou o ministério, citando apenas o Reino Unido.
Eles também divulgaram um vídeo com fotos do grupo Hamas.
Exigências
Apesar de os países reconhecerem o Estado da Palestina, eles enfatizaram firmemente que o Hamas não deve ser incluído e que os reféns israelenses sequestrados em 7 de outubro de 2023 devem ser devolvidos.
Starmer afirmou que a população britânica deseja ver a Palestina sem conflitos. Ele pontuou ainda que o grupo Hamas continua mantendo reféns israelenses em Gaza, ressaltando que é necessário trazê-los de volta, e acusou o grupo de se recusar a liberar os reféns e devolver os corpos de outros israelenses.
Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália, afirmou reconhecer “as aspirações legítimas e antigas do povo da Palestina por um estado próprio”, mas ressaltou que estabeleceu requisitos claros para a Autoridade Palestina.
“A organização terrorista Hamas não deve ter nenhum papel na Palestina”, pontuou Albanese, mencionando um dos requisitos.
Ainda segundo o premier, “passos adicionais, incluindo o estabelecimento de relações diplomáticas e a abertura de embaixadas, serão considerados à medida que a Autoridade Palestina avance em seus compromissos de reforma.
Na Assembleia Geral da ONU, realizada nesta segunda-feira (22/9), em Nova York, cerca de dez países devem formalizar sua validação do Estado palestino.