Raquel Castanharo, influenciadora digital e fisioterapeuta, vivenciou um marco em sua vida quando a descobriu a presença de câncer de mama apenas 17 dias antes de sua primeira maratona. Mesmo diante da adversidade, os médicos a autorizaram a participar da maratona do Rio de Janeiro, visto que o início de seu tratamento estava programado para algumas semanas após a corrida.
No mês de julho, Raquel iniciou um rigoroso tratamento de quimioterapia, com as chamadas quimioterapias vermelhas a cada 15 dias. Em breve, a influenciadora passará a receber o ciclo de quimio branca, preparando-se para uma cirurgia e subsequente radioterapia.
Exercício como Apoiador no Tratamento
O exercício físico tem se mostrado um importante aliado no alívio dos sintomas provenientes do tratamento. Raquel, até então distante da ideia de encarar longas corridas, decidiu romper barreiras e se permitiu explorar a corrida como uma nova forma de autoconhecimento e superação. Durante oito anos, a maratona parecia uma meta inatingível; os treinos lhe pareciam excessivamente longos e cansativos. Contudo, com uma nova perspectiva, Raquel encontrou prazer na corrida ao afastar a pressão dos cronômetros.
Treinos de 18 quilômetros em uma segunda-feira e 30 quilômetros em um sábado se tornaram parte de seu novo ritmo de vida. Com o apoio do marido, que se dedicava a cuidar dos filhos nos momentos de exaustão, Raquel conseguiu equilibrar sua rotina, desenhando sua jornada rumo ao tão aguardado dia da corrida de 42,195 km.
O Diagnóstico e sua Reflexão
No entanto, 17 dias antes da prova, Raquel recebeu um diagnóstico que mudaria sua perspectiva de vida: câncer de mama. Ela já sentia um nódulo há anos, desde o período da pandemia de coronavírus. Exames realizados anteriormente concluíram que não havia motivo para preocupação, levando-a a espaçar o acompanhamento médico. Foi uma ginecologista que, ao suspeitar de algo irregular, solicitou novos exames, que resultaram em uma ressonância magnética e subsequentemente em uma biópsia, confirmando a presença do tumor.
Ao receber a notícia, Raquel enfrentou um intenso sentimento de culpa, especialmente por ser uma profissional da saúde e ter deixado de lado os exames de rotina. No entanto, ela logo percebeu que tinha duas opções: deixar-se abater ou usar sua experiência para ajudar outros. Desde que começou a compartilhar sua história nas redes sociais, Raquel se conectou com muitos que, assim como ela, haviam adiados seus exames médicos, e muitos relataram que marcaram consultas após ouvirem seu relato.
O Impacto do Tumor e a Reação de Raquel
O tumor, classificado como luminal B, tinha 5 centímetros e despertou uma nova fase nas reflexões de Raquel. Com uma jornada pela frente, ela decidiu não permitir que o diagnóstico a definisse. A corrida, antes vista como um desafio, agora se tornava uma metáfora para sua luta. A maratona do Rio de Janeiro, que inicialmente parecia uma conquista pessoal, transformou-se em um símbolo de força e resiliência diante das dificuldades.
Raquel Castanharo está agora não apenas em busca de completar uma maratona, mas também em um caminho de superação pessoal, inspirando outros ao demonstrar que a vida pode ser enfrentada com coragem e determinação, mesmo nas situações mais desafiadoras.
