Uma nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 4 de junho de 2025, revela que a desaprovação do trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 57%, o maior patamar desde o início de seu terceiro mandato. Paralelamente, a aprovação do governo registrou 40%, marcando uma queda de um ponto percentual em relação ao levantamento anterior, realizado em março.
Os dados indicam que, pelo terceiro mês consecutivo, a desaprovação supera numericamente a aprovação da gestão petista. A diferença entre os índices é agora de 17 pontos percentuais. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Detalhes da Pesquisa
O levantamento da Quaest entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, presencialmente, em todo o Brasil, entre os dias 29 de maio e 1º de junho.
Outros dados relevantes da pesquisa incluem:
- Avaliação Geral: Para 43% dos entrevistados, o trabalho de Lula é negativo, enquanto 28% o consideram regular e 26% o avaliam como positivo.
- Expectativas: 45% dos entrevistados acreditam que o governo Lula está pior do que o esperado.
- Direção do País: Mais da metade da população (61%) avalia que o Brasil está caminhando na direção errada.
- Comparativo com Governos Anteriores: 56% dos entrevistados consideram que o terceiro governo de Lula está pior que os anteriores, enquanto 20% dizem estar melhor e 20% avaliam como igual.
- Recortes Religiosos: Pela primeira vez na série histórica da Quaest, a desaprovação ao governo Lula supera a aprovação entre os católicos, com 53% desaprovando e 45% aprovando. Entre os evangélicos, a desaprovação se mantém alta, em 66%, com 30% de aprovação.
- Percepção Econômica: Apesar da queda na aprovação geral, houve uma melhora na percepção sobre a economia. A parcela que acredita que a situação econômica piorou nos últimos 12 meses caiu de 56% para 48%.
Fatores que Podem Influenciar a Desaprovação
A pesquisa foi a campo em um período que coincidiu com discussões e desdobramentos de alguns temas sensíveis, como o escândalo de fraudes no INSS e o anúncio e posterior recuo do governo em relação ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações em fundos de investimento.
A persistência da queda na popularidade do governo Lula indica desafios significativos para o presidente e sua equipe na comunicação e na gestão das expectativas da população, especialmente em relação a temas econômicos e de prestação de serviços.
