O presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, aumentou a pressão sobre o Palácio do Planalto e cobrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tome a iniciativa de ligar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração de Rueda ocorre em meio à crescente tensão comercial e diplomática entre os dois países, intensificada pelo “tarifaço” imposto por Washington.
A cobrança de Rueda reflete a preocupação de setores da oposição e do setor produtivo com os impactos das medidas protecionistas de Trump, que incluem a taxação de 50% sobre produtos brasileiros e a revogação de vistos de ministros brasileiros. Para o líder do União Brasil, a diplomacia de “bastidor” defendida pelo governo pode não ser suficiente para desarmar a crise, sendo necessária uma interlocução direta no mais alto nível.
“O Brasil não pode se dar ao luxo de brigar com os Estados Unidos. O presidente Lula tem que deixar o orgulho de lado, se é que existe, e ligar para o presidente Trump. O prejuízo para o agronegócio e para a indústria brasileira é real e quem paga a conta é o povo”, afirmou Rueda, destacando a urgência da situação.
A cobrança de uma ligação direta contrasta com a postura do governo Lula, que, embora tenha pedido uma postura “firme” e “sóbria” aos ministros no debate com os EUA, não sinalizou a intenção de um contato direto entre os presidentes. A estratégia oficial tem sido priorizar o trabalho de “bastidor” e o diálogo em níveis técnicos e diplomáticos, além de buscar apoio em missões parlamentares, como a adiantada pelo Senado aos EUA.
A declaração de Rueda adiciona um novo elemento ao debate político, pressionando o governo a adotar uma postura mais proativa na resolução da crise com os Estados Unidos.
