O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, reforçou a intenção da legenda de lançar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como candidato ao Senado Federal nas eleições de 2026. A declaração de Valdemar sinaliza uma consolidação da estratégia do partido para manter a influência da família Bolsonaro no Congresso, mesmo com a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A possível candidatura de Eduardo ao Senado acontece em um momento delicado para o parlamentar, que teve o prazo de sua licença do mandato encerrado neste domingo (20) e pode ter faltas contabilizadas, gerando o risco de perda do mandato. Além disso, a Polícia Federal (PF) avalia medidas contra ele por suspeita de tentativa de extorsão à Justiça, em decorrência de suas declarações sobre condicionar seu retorno ao Brasil.
Apesar dos desafios legais e políticos, a aposta do PL em Eduardo Bolsonaro para o Senado em 2026 demonstra a importância que o partido atribui à sua figura para atrair o eleitorado conservador e bolsonarista. O próprio Eduardo tem mantido uma postura confrontadora com o Judiciário, afirmando que seu objetivo é “tirar da Corte” o ministro Alexandre de Moraes e acusando Moraes e Lula de estimularem a tensão com os EUA.
A intenção de lançar Eduardo ao Senado também se alinha com a defesa de Bolsonaro por governadores de direita, como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, que têm falado em “perseguição” e “violência” contra o ex-presidente. O PL busca, assim, garantir uma cadeira influente no Congresso para um membro da família, mantendo a voz do bolsonarismo no debate legislativo.