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Pix na Mira de Trump Gera Críticas e Embate Entre Deputados

A possibilidade de o sistema de pagamentos instantâneos Pix ser alvo de medidas restritivas por parte do governo de Donald Trump nos Estados Unidos gerou uma onda de críticas e um acalorado embate entre deputados federais em Brasília. A potencial ameaça ao Pix, um dos maiores sucessos tecnológicos e de inclusão financeira do Brasil, acendeu um alerta no Congresso e no setor financeiro.

A discussão começou a ganhar força após especulações sobre a inclusão do Pix em um pacote mais amplo de retaliações comerciais americanas, no contexto do “tarifaço” contra o Brasil. Embora não haja confirmação oficial de que o Pix será diretamente visado, a simples menção da possibilidade provocou reações imediatas.

Deputados da base governista, alinhados ao presidente Lula, foram rápidos em condenar qualquer tentativa de interferência estrangeira em um sistema considerado estratégico para o país. “O Pix é uma conquista brasileira, um exemplo de inovação e soberania tecnológica. Qualquer tentativa de inviabilizá-lo é um ataque direto à nossa economia e à nossa população”, afirmou um deputado do PT, em discurso na Câmara. Eles argumentam que a mira no Pix seria uma extensão da política protecionista de Trump, que visa enfraquecer economias emergentes.

Por outro lado, parlamentares da oposição, muitos deles ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, usaram o tema para criticar a postura do governo Lula nas relações com os EUA. Alguns sugeriram que a “provocação” de Lula a Trump durante a Cúpula do Brics teria escalado a tensão, colocando em risco inclusive o Pix. “É irresponsabilidade de alguns setores do governo levar as relações a um ponto em que até um sistema tão importante como o Pix pode ser prejudicado por retaliações. Precisamos de diálogo, não de confronto”, declarou um deputado do PL.

O embate entre os parlamentares reflete a polarização política em torno das relações com os EUA e as respostas do Brasil. A Polícia Legislativa chegou a ser acionada em um momento de maior tensão durante as discussões sobre o tema, evidenciando o quão sensível a questão se tornou.

Ainda não há detalhes sobre como uma eventual “mira de Trump” no Pix se materializaria – se por meio de sanções, restrições a empresas americanas que utilizam o sistema ou outras medidas. No entanto, o debate mostra a preocupação com a proteção de uma ferramenta que se tornou essencial para milhões de brasileiros.

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