Um terremoto de magnitude 6,9 atingiu nesta sexta-feira (12), a costa da província de Aomori, no nordeste do Japão, ampliando a sequência sísmica registrada desde o início da semana. O tremor gerou um alerta de tsunami, posteriormente cancelado pela Agência Meteorológica do Japão (JMA). Até o momento, não há registros de vítimas graves.
O abalo ocorre poucos dias após um terremoto de magnitude 7,5 que deixou dezenas de feridos, provocou evacuações temporárias e pequenas ondas de tsunami em cidades litorâneas de Aomori, Iwate e Hokkaido. Técnicos seguem monitorando a região, que permanece sob risco elevado de novas réplicas.
Contexto geológico e risco de megaterremoto
Os dois tremores reacendem preocupações sobre eventos de maior intensidade. O Japão está localizado no Anel de Fogo do Pacífico, encontro de várias placas tectônicas onde ocorrem os chamados megathrust earthquakes, terremotos gigantes, geralmente acima de magnitude 8, capazes de gerar tsunamis extensos.
A zona de subducção do Japan Trench, onde ocorreram os tremores desta semana, é uma das áreas mais sensíveis do país. Segundo especialistas, após um evento forte como o da última segunda-feira, há aumento estatístico temporário na chance de um abalo ainda maior, embora não exista previsão exata.
Além do risco imediato, autoridades japonesas mantêm há anos o alerta para a possibilidade de um megaterremoto no Nankai Trough, no sul do país, com probabilidade estimada em até 80% nos próximos 30 anos. Um evento desse porte poderia provocar tsunamis severos e impactos semelhantes aos vistos no desastre de 2011, que deixou quase 20 mil mortos.
Monitoramento e orientação à população
A JMA mantém vigilância contínua na região e reforça que moradores e visitantes devem revisar planos de emergência, preparar kits de sobrevivência e seguir instruções oficiais em caso de novos alertas.
O governo também destaca que, apesar da intensidade dos eventos recentes, não há indicação de um megaterremoto iminente. A recomendação é de prudência, não pânico, com atenção total às orientações de defesa civil e ao sistema de alerta sísmico nacional.
