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Nova variante da gripe H3N2 aumenta pressão sobre hospitais na Europa

A nova variante do vírus da gripe H3N2, apelidada de “Super Gripe”, está provocando aumento significativo de casos e internamentos em vários países europeus, gerando preocupação entre autoridades de saúde às vésperas do período de festas de fim de ano.

Em Espanha, a situação é crítica, especialmente em Madrid. Entre 1 e 7 de dezembro, o número de casos de gripe aumentou 145% em relação à semana anterior, enquanto na região da Andaluzia os casos praticamente triplicaram. A incidência em Madrid e na Catalunha já superou os picos registrados nos últimos três anos, levando as autoridades a adotarem medidas de contenção. Na Catalunha, o uso de máscara tornou-se obrigatório em centros de saúde e lares de idosos.

“Estima-se que, nas próximas semanas, haja um colapso nas urgências que, normalmente, acontece nesta época, mas será pior do que nos anos anteriores, agravado pelas reuniões familiares”, alertou o médico espanhol Tomás Torres.

Em França, várias regiões também enfrentam aumento rápido de casos. Paris e outras duas regiões declararam oficialmente situação de epidemia, enquanto o restante do país se mantém em estado pré-epidêmico. Autoridades francesas reforçam a necessidade de vacinação, principalmente para idosos e pessoas com condições de saúde pré-existentes.

No Reino Unido, seis hospitais da região central da Inglaterra declararam estado crítico devido ao elevado número de internamentos e à falta de leitos de emergência. Na semana passada, os internamentos por gripe foram 56% superiores aos registrados no mesmo período de 2024. Como resposta, alguns hospitais voltaram a impor o uso obrigatório de máscaras em todos os departamentos.

As autoridades britânicas apontam que a nova variante H3N2 é a principal responsável pelo aumento de casos. “Sempre que respiro, sinto uma dor aguda. Quando se apercebem, dão-me morfina rapidamente. Tem sido muito bom”, relatou Paul Mather, paciente internado em Londres.

Com a expectativa de aumento de casos após o Natal, governos europeus intensificam campanhas de vacinação e recomendam medidas preventivas, como higienização das mãos, uso de máscara em locais fechados e atenção especial a idosos e pessoas com doenças crônicas. O objetivo é reduzir a pressão sobre os sistemas de saúde e criar margem para lidar com o pico de internações esperado para as próximas semanas.

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