A mulher que foi internada pela mãe sem indicação médica trabalha como assessora do Tribunal de Justiça (TJ) e estava brigando por uma herança de família. As informações são da delegada Gabriela Adas, da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem). Segundo ela, a internação aconteceu um dia antes de audiência de bens.
O nome da clínica em que a mulher foi internada e os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Até a última atualização dessa matéria.
Segundo a delegada, a mulher não tinha boa relação com a mãe e a irmã. Somado a isso, o esposo da mulher internada contou à polícia que o sumiço da servidora poderia ter alguma relação com a mãe e a irmã porque, segundo ele, elas foram vistas no prédio antes de a mulher desaparecer.
“É questão de divisão patrimonial. Elas [mãe e irmã] estavam meio inconformadas com os bens que tinham ficado pra vítima. É patrimônio da família”, disse a delegada.
De acordo com a Deaem, a investigação teve início após o desaparecimento de uma mulher, no dia 7 de maio – um dia antes da audiência de herança. A mulher foi localizada em uma clínica terapêutica irregular localizada nas Chácaras Recreio e Samambaia, em Goiânia.
A polícia disse que vítima foi internada sem necessidade médica e por ordem da mãe e da irmã, para impedir que ela participasse da audiência judicial.
“Ela foi imediatamente liberada porque os policiais se verificavam que tinha uma situação estranha e que ela não aparentava ser dependente química. E que a liberdade dela foi cerceada com o fim de impedir que ela comparecesse a uma audiência”, explicou Gabriela.
Segundo a delegada, seis pessoas foram presas, sendo quatro funcionários da clínica onde a mulher foi mantida internada, além da mãe e da irmã suspeitas de terem levado ela força para o local.
Entenda o caso
Uma mãe foi presa em operação da Polícia Civil de Goiás suspeita de internar a filha sem necessidade médica para impedir que ela comparecesse a uma audiência judicial. A ação acontece na manhã desta quinta-feira (14) e cumpre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Segundo a polícia, a mãe e a irmã da mulher ordenaram a internação compulsória.
A Operação Anathema foi realizada por meio da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem). Segundo a polícia, o alvo seria uma suposta associação criminosa responsável pelos crimes de:
- Cárcere privado qualificado
- Sequestro
- Lesão corporal