O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão, que impõe uma medida cautelar mais severa, ocorre em meio ao avanço de inquéritos e processos judiciais que investigam o ex-mandatário.
A ordem de prisão domiciliar é um desdobramento das investigações que envolvem Bolsonaro e seus aliados. A própria defesa do ex-presidente vinha atuando para afastar o risco de prisão, em um cenário onde Bolsonaro havia declarado ter “certeza de condenação” e acusado o ministro de “comandar o Brasil”.
A decisão de Moraes intensifica a polarização política no país. O ministro tem sido alvo de 29 pedidos de impeachment no Senado Federal e classificou a atuação de um grupo contra o STF como “covarde e traiçoeira”. A aplicação da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos contra Moraes foi interpretada no Palácio do Planalto como um reforço de Donald Trump de que a negociação do “tarifaço” de 50% está ligada à situação jurídica de Jair Bolsonaro.
A prisão de figuras aliadas a Bolsonaro também demonstra a seriedade com que a Justiça tem tratado os casos. A deputada federal Carla Zambelli, por exemplo, foi presa na Itália e busca asilo político, enquanto seu marido teve a conta bancária bloqueada por decisão judicial. O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, pediu uma reação da Casa após a prisão de Zambelli.
