O ministro das Relações Exteriores da China, cujo nome não foi especificado, criticou a “interferência externa injustificada” sobre o Brasil. A declaração do ministro chinês ocorre em um momento de alta tensão entre o Brasil e os Estados Unidos, que impôs um “tarifaço” a produtos brasileiros e aplicou sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
A crítica do ministro chinês se alinha a uma série de declarações do governo Lula, que tem defendido a soberania nacional e a autonomia do Brasil no cenário global. O presidente Lula afirmou que “não preciso ficar subordinado ao dólar”, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a citar a possibilidade de uma “3ª Guerra Mundial” ao falar sobre tarifas.
O ministro das Relações Exteriores da China não detalhou quais seriam as “interferências” em questão, mas a declaração foi interpretada como um sinal de apoio ao Brasil em meio à crise com os Estados Unidos. Um advogado próximo a Donald Trump chegou a afirmar que o Brasil deve se “atentar ao que Trump pede”.
A fala do ministro chinês reforça a estratégia do Brasil de buscar novas parcerias e diminuir a dependência de potências econômicas ocidentais. A Venezuela, por exemplo, voltou a isentar produtos exportados do Brasil.