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Ministro alemão elogia Belém e Brasil após comentário polêmico do chanceler na COP30

O ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Carsten Schneider, elogiou publicamente o Brasil e a cidade de Belém na segunda-feira (17), após declarações consideradas desrespeitosas do chanceler alemão, Friedrich Merz, sobre a capital paraense, sede da COP 30.

Merz afirmou, ao deixar Belém, que “ninguém quis ficar” no país durante a conferência climática. Em contraste, Schneider publicou nas redes sociais uma imagem pescando na Amazônia e escreveu em português:

“Brasil é um país maravilhoso, com um povo acolhedor e bom anfitrião. Pena que não poderei ficar mais tempo após a COP. Teria algumas ideias, por exemplo, pescar com os meus amigos da Amazônia.”

Em entrevista à imprensa, o ministro reforçou sua admiração por Belém e pelo Brasil, dizendo que teve “uma primeira impressão de Belém, esta cidade incrível … vi muito esforço, gente maravilhosa, mas também muita pobreza.”

Schneider também anunciou um compromisso de 60 milhões de euros da Alemanha para o Fundo de Adaptação Climática, reafirmando Berlim como parceiro confiável do Brasil na agenda ambiental. Ele defendeu ainda a transição energética na Alemanha, enfatizando a necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

No Brasil, as declarações de Merz geraram reação imediata. O governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou que “um discurso preconceituoso revela mais sobre quem fala do que sobre quem é falado”. O prefeito de Belém, Igor Normando, classificou a declaração do chanceler como “infeliz, arrogante e preconceituosa”.

Analistas avaliam que o gesto de Schneider tem caráter estratégico: além de suavizar o desconforto diplomático causado por Merz, reforça a influência da Alemanha na COP 30 e demonstra uma postura de cooperação internacional. O contraste entre os dois líderes evidencia tensões internas na Alemanha sobre política externa e clima, com Merz enfatizando prioridades econômicas e Schneider priorizando parceria e urgência ambiental.

O episódio ocorre em meio a negociações cruciais da COP 30 sobre financiamento climático, adaptação e justiça ambiental, com o compromisso financeiro alemão reforçando expectativas de apoio de outros países desenvolvidos e fortalecendo iniciativas brasileiras de preservação da Amazônia.

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