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Megaoperação policial no Complexo do Alemão deixa mortos e provoca tensão na Zona Norte do Rio

Uma megaoperação conjunta das forças de segurança do Rio de Janeiro foi deflagrada na manhã desta terça-feira (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense. A ação, batizada de Operação Contenção, tem como objetivo desarticular núcleos ligados ao Comando Vermelho (CV) e combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro nas comunidades.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, cerca de 2.500 agentes participam da ofensiva, envolvendo equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, BOPE e CORE. Até o início da tarde, duas pessoas morreram em confronto, três ficaram feridas, entre elas, um policial atingido de raspão e 23 suspeitos haviam sido presos.

Durante a ação, criminosos incendiaram barricadas e usaram veículos para bloquear vias de acesso, dificultando a entrada dos blindados e o trabalho das forças policiais. A circulação de ônibus foi interrompida, e escolas e unidades de saúde nos dois complexos suspenderam as atividades por medida de segurança.

O clima de tensão domina a região desde as primeiras horas da manhã. Moradores relataram nas redes sociais tiroteios intensos e helicópteros sobrevoando as comunidades. A Secretaria Municipal de Educação orientou que pais não levassem seus filhos às escolas até que a situação fosse controlada.

Segundo as autoridades, a operação é resultado de meses de investigação que identificaram o uso das comunidades como pontos estratégicos para o armazenamento de armas e drogas, além de movimentações financeiras ligadas ao tráfico. A ação busca também cumprir mais de 160 mandados de prisão e busca e apreensão.

Em nota, o governo do estado afirmou que a operação tem como foco “restabelecer a autoridade do Estado e garantir a segurança dos moradores”. Já organizações comunitárias e de direitos humanos demonstraram preocupação com possíveis excessos e pediram que sejam respeitadas as garantias da população civil.

A operação segue em andamento, e os números de presos, feridos e apreensões ainda estão sendo atualizados pelas autoridades.

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