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Máfia dos Concursos: Polícia Federal Desmantela Esquema Familiar que Vendia Gabaritos por Até R$ 500 mil

A Polícia Federal deflagrou, em outubro de 2025, a Operação Última Fase, desarticulando uma organização criminosa familiar acusada de fraudes em concursos públicos em todo o país. O grupo, com base em Patos (PB), atuava há mais de uma década e vendia aprovações irregulares em certames por valores que chegavam a R$500 mil por vaga/gabarito, dependendo do concurso e do cargo.

Como funcionava o esquema

Segundo a investigação, a quadrilha utilizava uma combinação de recursos tecnológicos e logísticos para garantir resultados favoráveis a candidatos que pagavam pelo serviço. Entre os métodos identificados pela Polícia Federal estão:

Substituição de candidatos por “dublês” nos locais de prova;

Uso de dispositivos eletrônicos para transmissão de respostas em tempo real;

Comunicação direta entre operadores e candidatos durante a aplicação das provas;

Falsificação de documentos e corrupção de fiscais.

Além disso, o preço dos gabaritos variava conforme o nível do cargo e o risco da operação. Em casos de concursos de alta concorrência, como órgãos federais, bancos e segurança pública, a venda chegava a R$500 mil por vaga, enquanto em outros certames o valor podia ser menor, entre dezenas e centenas de milhares de reais.

Principais investigados

A liderança do esquema é atribuída a Wanderlan Limeira de Sousa, ex-policial militar expulso em 2021, apontado como principal articulador do grupo. Ele negociava diretamente com os candidatos e coordenava toda a logística das fraudes. Outros membros da família Limeira atuavam em funções específicas para operacionalizar os esquemas em diferentes estados.

Consequências legais

Como resultado da operação, foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão em cidades da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Os investigados foram afastados de cargos públicos e excluídos de processos seletivos. Eles poderão responder criminalmente por fraude em certame de interesse público, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.

Impacto

Especialistas ressaltam que a prática de compra de gabaritos compromete a confiança no serviço público, prejudica o erário e compromete a qualidade do atendimento à população. A operação destaca a importância de fiscalização rigorosa nos concursos e serve de alerta contra esquemas que se perpetuam há anos.

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