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Laudo Técnico Aponta Baixa Temperatura Como Fator Determinante em Explosão de Fábrica

Introdução

Um laudo pericial da Polícia Científica identificou a baixa temperatura ambiental como um dos principais elementos causadores da explosão ocorrida em uma fábrica de explosivos em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba. O acidente, que resultou na morte de nove trabalhadores, teve suas origens em uma combinação de fatores técnicos e operacionais que comprometeram a segurança do processo produtivo.

Desenvolvimento

O incidente catastrófico aconteceu dentro do reator responsável pela mistura dos componentes do pentolite, um explosivo de alta sensibilidade composto por TNT e nitropenta. Segundo as investigações técnicas, o equipamento operava fora dos parâmetros seguros de temperatura exigidos para esse tipo de manipulação química. Os peristas destacaram que o processo de fabricação demanda controle térmico rigoroso, uma vez que variações significativas podem alterar as propriedades dos compostos e gerar instabilidade.

No dia do acidente, os sensores de temperatura registraram quedas bruscas, com marcadores externos indicando aproximadamente 3°C – metade da temperatura registrada na noite anterior. Essa condição climática extrema, associada a possíveis falhas nos sistemas de controle térmico do reator, criou um cenário propício para a desestabilização dos compostos químicos. A delegada Gessica Andrade, responsável pelo inquérito policial, reforçou que múltiplos fatores contribuíram para a tragédia, incluindo deficiências operacionais e inadequações nos equipamentos.

A Enaex Brasil, empresa responsável pela fábrica, emitiu nota afirmando contar com todos os sistemas de segurança necessários para lidar com variações climáticas. Contudo, o laudo pericial sugere que tais sistemas podem não ter sido suficientes ou adequadamente operados para prevenir o acidente sob condições climáticas adversas.

Conclusão

O laudo da Polícia Científica serve como documento crucial para compreender as causas do acidente e orientar medidas preventivas futuras. Ele evidencia a necessidade de revisão dos protocolos de segurança em ambientes industriais que manipulam materiais sensíveis a variações térmicas, especialmente em regiões sujeitas a climas extremos. Além disso, reforça a importância da manutenção preventiva e do treinamento contínuo de pessoal para assegurar que todos os sistemas de controle estejam sempre dentro dos parâmetros operacionais seguros. Esta tragédia reforça como fatores ambientais, quando negligenciados, podem ter consequências devastadoras em processos industriais de alto risco.

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