A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, ironizou publicamente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e, em uma declaração clara, descartou qualquer pretensão de seguir carreira política, afirmando categoricamente que “não será candidata” a cargos eletivos. A fala, que repercutiu amplamente nos meios políticos e sociais, sublinha uma diferença de postura em relação à sua antecessora, que tem sido cotada para futuras disputas eleitorais.
A ironia de Janja em relação a Michelle Bolsonaro não foi detalhada, mas ocorre em um contexto de constante comparação entre as duas primeiras-damas, tanto em termos de estilo quanto de atuação. Michelle, que tem mantido uma forte presença em eventos políticos do PL (Partido Liberal) e é uma figura influente entre os apoiadores de Jair Bolsonaro, frequentemente tem seu nome ventilado como possível candidata a senadora, deputada ou até mesmo à presidência em cenários futuros.
Ao contrário de Michelle, Janja tem buscado demarcar um perfil de primeira-dama com atuação mais focada em projetos sociais, culturais e de articulação política dentro do próprio governo Lula, sem, no entanto, se lançar em disputas eleitorais. Sua declaração de que não será candidata visa pôr fim às especulações e reforçar seu papel atual.
O Papel das Primeiras-Damas e as Expectativas:
A fala de Janja reaviva o debate sobre o papel das primeiras-damas no Brasil. Tradicionalmente uma figura discreta e com funções protocolares, o perfil da primeira-dama ganhou maior protagonismo nos últimos governos, com Janja e Michelle desempenhando papéis mais ativos na vida pública.
- Janja: Atua como articuladora social e cultural, participa de eventos diplomáticos e acompanha o presidente em diversas agendas, buscando um papel mais político e de formulação em algumas áreas, como a cultura e as políticas sociais.
- Michelle Bolsonaro: Manteve uma forte atuação em pautas conservadoras e religiosas, além de se envolver diretamente em campanhas eleitorais e eventos partidários, construindo uma base de apoio político própria.
A afirmação de Janja de que não seguirá carreira política pode ser interpretada como uma forma de evitar que sua imagem e atuação sejam associadas diretamente a projetos eleitorais futuros, focando sua energia no suporte ao governo Lula e nas causas que abraça como primeira-dama. A declaração, portanto, não é apenas um descarte pessoal, mas também uma mensagem sobre o modelo de atuação que ela pretende manter no cenário político brasileiro.