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Israel espera início da libertação de reféns pelo Hamas nas próximas horas

O governo israelense vive um clima de forte expectativa neste fim de semana diante da possibilidade de o Hamas iniciar a libertação dos reféns mantidos em Gaza. O processo faz parte do acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, Catar e Egito, que entrou em vigor nesta sexta-feira (10).

Segundo fontes diplomáticas, o pacto prevê que o grupo palestino entregue até 48 reféns israelenses, sendo 20 deles ainda vivos, no prazo máximo de 72 horas após a confirmação do recuo das tropas de Israel para a chamada “linha de controle humanitário” no norte da Faixa de Gaza.

O governo israelense aprovou formalmente o acordo, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou estar “esperançoso, mas cauteloso” quanto à execução. “Não descansaremos até que todos os nossos cidadãos retornem para casa”, declarou o premiê em pronunciamento oficial.

As famílias dos sequestrados também se manifestaram em frente à sede do Ministério da Defesa, em Tel Aviv, pedindo garantias de que o governo cumprirá o cessar-fogo e não retomará as ofensivas antes da liberação dos reféns. Alguns parentes receberam comunicados informais de que parte dos nomes já estaria nas listas de prisioneiros a serem trocados.

Apesar da expectativa, diplomatas envolvidos nas negociações alertam que ainda há pontos sensíveis a resolver. Um deles é a definição final dos prisioneiros palestinos que serão libertados em troca dos reféns. Israel pretende excluir líderes de alto perfil, como Marwan Barghouti, para evitar fortalecimento político de figuras influentes na Cisjordânia.

Outro fator de risco é o cumprimento do cessar-fogo no terreno. Qualquer incidente armado ou atraso logístico pode suspender o processo. Observadores internacionais do Egito e do Catar monitoram o avanço da operação, que tem apoio direto dos Estados Unidos.

Se tudo correr conforme o previsto, o primeiro grupo de reféns poderá ser libertado entre sábado à noite e domingo. Caso o cronograma seja respeitado, a medida representará um dos passos mais significativos desde o início do conflito, em outubro de 2023.

Por outro lado, se o Hamas ou Israel descumprirem os prazos, a trégua pode ruir rapidamente, reacendendo o conflito e colocando em risco a vida dos reféns remanescentes.

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