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Hamas liberta últimos reféns israelenses e acordo de paz entra em vigor com cessar-fogo mediado pelos EUA

O Hamas libertou nesta segunda-feira (13) os 20 reféns israelenses vivos que ainda mantinha na Faixa de Gaza, como parte do acordo de cessar-fogo e paz mediado pelos Estados Unidos. A medida marca o início de uma nova fase nas negociações para encerrar o conflito e estabelecer um plano de reconstrução e estabilidade na região, informou a Associated Press (AP).

A libertação ocorreu em duas etapas: sete reféns foram entregues à Cruz Vermelha e transferidos para forças israelenses, enquanto os outros 13 foram libertados horas depois, também com apoio humanitário internacional. Em contrapartida, Israel iniciou a libertação de cerca de 1.900 prisioneiros palestinos, incluindo 250 que cumpriam prisão perpétua e 1.700 detidos sem acusação formal.

O cessar-fogo, previsto no acordo, entrou em vigor ao meio-dia local, e tropas israelenses começaram a recuar de áreas densamente povoadas. A AP destaca que comboios humanitários já cruzaram a fronteira, levando alimentos, água e medicamentos para os civis de Gaza, após meses de bloqueios e bombardeios intensos.

Repercussão internacional

A libertação dos reféns gerou grande comoção em Israel. Milhares de pessoas se reuniram na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, para celebrar o retorno dos sobreviventes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o acordo como “um passo significativo rumo a uma paz sustentável”.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que conduziu as negociações, afirmou que a prioridade agora é garantir a estabilidade da trégua. Ele confirmou que viajará ao Oriente Médio nesta semana para acompanhar a implementação das próximas fases do plano de paz.

Próximos passos

Os próximos estágios do acordo preveem a criação de uma administração civil interina em Gaza, composta por representantes palestinos independentes e supervisionada por observadores internacionais.

Entre os pontos ainda em debate estão o desarmamento gradual do Hamas, a retirada total das forças israelenses e a reconstrução de Gaza, devastada após dois anos de guerra.

Especialistas consultados pela agência afirmam que o êxito do plano depende da manutenção do cessar-fogo e do comprometimento político das partes envolvidas.

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O atual acordo representa o primeiro avanço concreto desde o início da guerra, em outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque surpresa contra comunidades israelenses, resultando na morte de centenas de civis e no sequestro de mais de 250 pessoas.

Este é o maior movimento de libertação simultânea desde então, e pode abrir caminho para a retomada de negociações sobre a criação de um Estado Palestino e a estabilização definitiva do Oriente Médio.

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