Autoridades de saúde e especialistas em vigilância epidemiológica avaliam que a temporada de gripe em 2026 pode começar antes do habitual e apresentar maior intensidade, com aumento no número de casos e de internações. O alerta é baseado no monitoramento da circulação do vírus influenza em diferentes regiões do mundo e em padrões observados nos últimos ciclos sazonais.
De acordo com análises técnicas, a atividade do vírus tem se mantido elevada em países do hemisfério norte, com predominância de subtipos mais agressivos, o que acende um sinal de atenção para o próximo período no hemisfério sul. A experiência recente mostra que, quando a circulação se intensifica em um hemisfério, há maior risco de antecipação e impacto mais forte na temporada seguinte.
Especialistas apontam que fatores como mudanças climáticas, queda na adesão à vacinação em alguns grupos e a alta capacidade de mutação do vírus contribuem para um cenário de maior incerteza. O subtipo Influenza A, especialmente o H3N2, costuma estar associado a quadros mais graves, sobretudo entre idosos, crianças pequenas e pessoas com doenças crônicas.
Diante desse cenário, a recomendação das autoridades sanitárias é reforçar a vigilância epidemiológica e antecipar estratégias de prevenção. A vacinação segue sendo a principal ferramenta para reduzir complicações, hospitalizações e mortes, mesmo quando a proteção não é total contra todas as cepas em circulação.
No Brasil, o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais acompanham os dados internacionais para definir o calendário e a logística das próximas campanhas de imunização. A expectativa é que ações preventivas sejam intensificadas caso se confirme a tendência de uma temporada mais precoce e severa.
Enquanto isso, profissionais de saúde orientam a população a manter cuidados básicos, como higienização frequente das mãos, atenção aos sintomas respiratórios e busca por atendimento médico em casos de agravamento. A antecipação das medidas pode ser decisiva para reduzir o impacto da gripe em 2026.