O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “fugiu do país covardemente”, em uma dura crítica à sua prolongada estadia nos Estados Unidos. A declaração de Mendes ocorre em um contexto de alta tensão política e judicial, onde a licença parlamentar de Eduardo Bolsonaro já se encerrou, e a Polícia Federal avalia medidas contra ele por suspeita de extorsão à Justiça.
A fala do ministro Gilmar Mendes, que utilizou termos de forte impacto, se soma às críticas de outras autoridades e setores da sociedade sobre a ausência de Eduardo Bolsonaro do Brasil. A licença parlamentar do deputado, que terminou no dia 20 de julho, foi utilizada para que ele ficasse nos EUA, onde tem feito lobby contra autoridades brasileiras e criticado o Judiciário.
A postura de Eduardo Bolsonaro tem gerado polêmica, especialmente após ele ter afirmado que seu objetivo é “tirar da Corte” o ministro Alexandre de Moraes, a quem ele e seu pai, Jair Bolsonaro, acusam de “perseguição” e de “comandar o Brasil”. A Polícia Federal, inclusive, avalia medidas contra o deputado por suspeita de tentativa de extorsão à Justiça.
A crítica de Gilmar Mendes, que aponta a “fuga covarde” do parlamentar, reforça o debate sobre a responsabilidade de figuras públicas e a necessidade de se submeterem aos processos legais em seus países de origem.