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Força-tarefa desmonta esquema de lavagem de dinheiro do PCC em shoppings de São Paulo

Uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (22) revelou mais um braço financeiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação, batizada de Operação Plush, é conduzida por uma força-tarefa formada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, pela Polícia Civil e pela Secretaria da Fazenda Estadual. O alvo é um esquema de lavagem de dinheiro que usava lojas de brinquedos e franquias instaladas em shoppings da Grande São Paulo.

Segundo as investigações, o grupo criminoso utilizava empresas de fachada e franquias de brinquedos, principalmente as que vendem pelúcias para movimentar recursos provenientes do tráfico de drogas e de outras atividades ilegais. O dinheiro era “esquentado” por meio de vendas simuladas e transferências entre contas de empresas e laranjas, criando a aparência de negócios legítimos.

A força-tarefa cumpriu seis mandados de busca e apreensão em endereços localizados na capital paulista, no ABC e em Guarulhos. Entre os locais investigados estão lojas nos shoppings Center Norte, Mooca Plaza, Internacional de Guarulhos e um centro comercial em Santo André. A Justiça também determinou o bloqueio de cerca de R$4,3 milhões em bens e valores ligados aos investigados.

De acordo com o Gaeco, as empresas estão ligadas a pessoas próximas de Claudio Marcos de Almeida, conhecido como “Django”, apontado como um dos principais operadores financeiros do PCC. Os suspeitos não possuíam ocupações compatíveis com o patrimônio declarado, mas investiram altos valores na abertura de franquias e lojas de brinquedos para ocultar a origem ilícita dos recursos.

O nome da operação, “Plush” (pelúcia, em inglês), faz referência ao segmento de comércio usado para disfarçar o fluxo de dinheiro ilegal. O Ministério Público informou que as investigações seguem em andamento e que novas prisões e bloqueios podem ocorrer nas próximas fases.

Os shoppings mencionados informaram, por meio de nota, que colaboram com as autoridades e que os contratos de locação das lojas investigadas foram firmados conforme as exigências legais.

A Operação Plush representa mais um passo na estratégia das forças de segurança de combater a infiltração do PCC em setores do comércio formal, onde o alto volume de transações facilita o disfarce de recursos ilícitos.

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