O combo que mais pesa para o fígado é: açúcar e bebidas adoçadas, ultraprocessados, álcool (mesmo moderado, quando somado à obesidade) e sedentarismo. Remédios comuns raramente causam danos hepáticos, mas o uso incorreto deles é arriscado. A esteatose é comum em indivíduos com obesidade, mas também pode ocorrer em indivíduos magros com alterações metabólicas, como nos casos de diabetes.
A doença evolui silenciosamente, mas exames de imagem a identificam precocemente, permitindo o tratamento antes das complicações. Em muitos casos, é possível reverter o quadro de gordura no fígado com mudança de hábitos. Os médicos explicam que não existe mágica.
Dietas chamadas de detox, chás e cápsulas não limpam o fígado e algumas ervas e suplementos podem machucá-lo. O fígado é a central de processamento do metabolismo corporal. Quando há ganho de peso, resistência à insulina e inflamação, o órgão acumula gordura e, em parte das pessoas, evolui para inflamação e cicatrização (fibrose).
Médicos ouvidos pelo g1 explicam como prevenir e tratar doenças no fígado. Além do excesso de calorias líquidas (açúcar e álcool), os ultraprocessados, o sedentarismo e o sono ruim contribuem para a esteatose (gordura) hepática metabólica (MASLD), doença assintomática que hoje atinge cerca de 30% dos adultos e cresce junto com a obesidade e diabetes. Médicos chamam a condição de “doença cardiometabólica do fígado”, que caminha junto com o diabetes, pressão alta e risco cardiovascular.