Após sua morte, parte das cinzas seguiu para um laboratório em São Paulo, onde começou a conversão do carbono em pedra preciosa por meio de tecnologia que reproduz, em alta velocidade, o que a natureza leva milhões de anos para fazer. Para isolar o carbono, a amostra passa por sucessivas queimas que eliminam enxofre, potássio e outros compostos orgânicos. O químico Dennys Alves explicou que o carbono, inicialmente em pó, é transformado em grafite e compactado em uma pastilha.
Ela é colocada em uma cápsula especial, capaz de atingir temperaturas entre 2. Depois, segue para uma prensa que simula condições extremas de pressão — comparáveis a “todo o peso do Monte Everest na cabeça de uma agulha”. Em aproximadamente 60 horas, os átomos de carbono se reorganizam e formam o diamante bruto.