O governo dos Estados Unidos retirou nesta sexta-feira (12) o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista de sanções da Lei Global Magnitsky, encerrando todas as restrições que estavam em vigor desde este ano.
A medida altera um processo que começou em 30 de julho de 2025, quando Moraes foi incluído pela primeira vez na lista de sancionados do Departamento do Tesouro norte-americano. Posteriormente, em 22 de setembro de 2025, sua esposa também foi adicionada, junto com a empresa familiar ligada ao casal.
O que muda com a retirada
Com a decisão desta sexta-feira, deixam de valer:
- bloqueio de bens eventualmente sob jurisdição dos EUA;
- proibição de transações financeiras com instituições ou cidadãos norte-americanos;
- restrições para negócios ou movimentações internacionais que dependiam do sistema financeiro dos Estados Unidos.
As sanções, baseadas em acusações de violações de direitos humanos, haviam provocado desgaste diplomático entre Brasília e Washington. O governo brasileiro reagiu publicamente à época, classificando a inclusão na lista como uma interferência indevida em assuntos internos e uma afronta à independência do Judiciário.
Repercussão e contexto político
A remoção dos nomes ocorre após meses de negociações entre os dois países e representa um gesto de distensão nas relações bilaterais. Embora os EUA não tenham divulgado os motivos formais para a revisão, a decisão é vista internamente como um movimento para reduzir tensões e estabilizar o diálogo político entre as duas nações.
A tendência, agora, é que o impacto da medida seja predominantemente político, uma vez que o episódio se tornou símbolo da crise diplomática que marcou 2025. Com o fim das sanções, abre-se caminho para uma nova fase nas conversas entre os governos de Lula e Donald Trump, que vinham sendo pressionadas por setores econômicos e diplomáticos a reduzir o atrito.