A seleção brasileira encerrou 2025 sem convencer. O empate por 1 a 1 com a Tunísia, nesta terça-feira (18), na Decathlon Arena, em Lille, aumentou a desconfiança sobre o momento da equipe de Carlo Ancelotti e escancarou problemas que marcaram toda a temporada.
Defesa instável volta a preocupar
Mesmo diante de um adversário tecnicamente inferior, o Brasil sofreu novamente com falhas defensivas. A Tunísia explorou espaços entre as linhas e aproveitou a lentidão na recomposição, abrindo o placar ainda no primeiro tempo. A desatenção na marcação e a dificuldade de coordenação na última linha voltaram a comprometer o desempenho da equipe, um ponto que tem sido recorrente nos amistosos de 2025.
Ataque pouco criativo e finalizações ineficientes
No setor ofensivo, as limitações ficaram ainda mais claras. Fora o brilho isolado de Estêvão, que buscou o jogo, sofreu o pênalti e converteu a cobrança, o ataque brasileiro novamente demonstrou falta de criatividade e pouca capacidade de infiltração. A seleção rodou a bola, teve volume e ocupou o campo de ataque, mas não transformou isso em chances reais.
As tomadas de decisão foram lentas, os passes não quebraram linhas e os atacantes pouco ameaçaram. O principal momento para virar o jogo veio no segundo tempo, com o pênalti desperdiçado por Lucas Paquetá, que chutou por cima do gol.
Último jogo de 2025 termina com dúvidas
Com o empate, o Brasil fecha o ano acumulando oscilações e sem apresentar evolução clara nos aspectos mais preocupantes: a solidez defensiva e a eficiência ofensiva. A seleção terá agora alguns meses para ajustes importantes, especialmente nos setores que mais têm preocupado a comissão técnica.
Em 2026, o Brasil volta a campo em março para dois testes de alto nível: amistosos contra França e Croácia, adversários que devem oferecer um termômetro real do estágio da equipe e da capacidade de reação após um fim de ano marcado por críticas e incertezas.