A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realiza nesta segunda-feira (8) a sessão que definirá se mantém ou revoga a prisão preventiva do presidente afastado da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A votação será no plenário da Alerj, e exige maioria simples: pelo menos 36 dos 69 deputados para aprovar a soltura.
Prisão e acusações
Bacellar foi detido em 3 de dezembro, em desdobramento da Operação Unha e Carne, conduzida pela Polícia Federal. Segundo a investigação, ele teria orientado o ex-deputado TH Joias a remover objetos de sua residência para ocultar provas de vazamento de informações sigilosas. Interceptações telefônicas indicam que Bacellar teria se comunicado com Joias pouco antes da ação da PF.
Foram apreendidos R$ 90.840 em espécie em posse do presidente afastado, valor que, segundo sua defesa, estava declarado à Receita Federal. O advogado de Bacellar contesta qualquer tentativa de obstrução das investigações.
Trâmite na Alerj
O caso passou primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj, que em relatório apertado por 4 votos a 3 recomendou a revogação da prisão. O plenário agora analisará o parecer e definirá o destino de Bacellar. Até a decisão final, o vice-presidente da Casa, Guilherme Delaroli (PL), assume a presidência interinamente.
Impactos políticos
Rodrigo Bacellar foi eleito presidente da Alerj em fevereiro deste ano com apoio unânime, e sua prisão representa uma crise inédita na Assembleia fluminense. A eventual soltura dependerá da capacidade do bloco majoritário em garantir votos suficientes, enquanto a permanência da prisão aumenta a pressão política sobre a Casa e o clima de tensão entre os deputados.
O resultado da votação poderá influenciar diretamente o cenário político estadual e o futuro do próprio Bacellar dentro da Assembleia.
