O Corinthians negocia com a Caixa Econômica Federal um acordo de 15 anos que envolve os naming rights e outras propriedades comerciais da Neo Química Arena, segundo informou o UOL na segunda-feira (1). As tratativas têm como objetivo viabilizar a quitação do passivo do estádio, estimado atualmente em cerca de R$700 milhões.
A proposta em avaliação prevê que a Caixa assuma a dívida da arena em troca dos direitos de nome e de um pacote comercial de longo prazo. O contrato atual de naming rights, firmado com a Hypera Pharma, vai até 2029, e qualquer mudança exigiria uma rescisão antecipada.
Em setembro, a multa de saída da Hypera foi ajustada para R$ 70 milhões, valor considerado mais viável para uma eventual substituição. A empresa também tem direito de preferência caso outra instituição apresente uma proposta, o que coloca a Hypera como um dos atores decisivos no avanço das negociações.
O pacote discutido entre Corinthians e Caixa inclui ainda outras propriedades de marketing, como patrocínio no uniforme, o que ampliaria a exposição do banco estatal no futebol. Internamente, dirigentes avaliam que um acordo deste porte permitiria ao clube encerrar de forma definitiva o passivo da arena, abrindo espaço para reorganização financeira.
As conversas seguem sob sigilo, e não há prazo oficial para conclusão. A expectativa, porém, é que o modelo seja definido ainda nas próximas semanas, dependendo dos ajustes jurídicos e da posição final da Hypera Pharma.
