Horas depois de ser surpreendido pelo pagamento da multa rescisória do garoto Kauê Furquim, de apenas 16 anos, o Corinthians divulgou nota criticando a conduta do Bahia.
A diretoria corintiana classificou o ato como aliciamento “ilícito e imoral” e prometeu recorrer à CBF e à Fifa em busca de justiça. No mesmo texto, o Alvinegro diz que o Bahia age como intermediador de negócios no Brasil para os interesses do Grupo City.
Kauê Furquim era uma das principais promessas das categorias de base do Corinthians. Aos 16 anos, o atacante fazia parte do elenco sub-17 do Timão, porém treinava esporadicamente no CT Joaquim Grava junto aos profissionais do clube. Neste ano, por decisão de Dorival Júnior, o garoto ficou no banco de reservas nos jogos contra Ceará e Fortaleza, ambos pelo Brasileirão.
Em abril deste ano, o atacante assinou seu primeiro contrato profissional com o clube do Parque São Jorge. Para o mercado externo, o Corinthians estabeleceu multa de 50 milhões de euros (R$ 331 milhões na cotação da época). Para o mercado interno, no entanto, a legislação vigente estipula que a multa deve ser 2 mil vezes o valor do salário do atleta.
A diretoria do Timão argumenta que o Bahia se aproveitou desta “brecha” para pagar a multa rescisória de R$ 14 milhões, levar a promessa da base sem negociação prévia e preparar o jogador para a transferência ao mercado europeu daqui alguns anos.