A decretação da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro pelo ministro Alexandre de Moraes acirrou ainda mais o clima político no país, repercutindo em diferentes frentes que moldam o cenário atual.
- Paralisação no Congresso e ocupação partidária
Imediatamente após a decisão, deputados e senadores alinhados a Bolsonaro ocuparam os plenários da Câmara e do Senado, em protesto. A estratégia visava pressionar por pautas como anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e um pedido de impeachment contra o próprio Moraes — paralisando o funcionamento das Casas por dias. VEJA - Retórica de perseguição política
Aliados do ex-presidente classificaram a medida como “vingança política”. Declararam que Bolsonaro está sendo tratado como um “prisioneiro político”, reavivando argumentos de perseguição judicial. InfoMoney - Pressão internacional e reflexos diplomáticos
A situação se refletiu no cenário externo: os Estados Unidos, liderados por Donald Trump, criticaram a decisão, denunciando uma “ditadura judicial” no Brasil. Trump chegou a ameaçar impor sanções e tarifas de 50% sobre produtos brasileiros caso a situação não fosse revertida. VEJAEl País+1 - Reforço institucional e isolamento político de Bolsonaro
A prisão domiciliar estabeleceu um quadro de isolamento, com o uso de tornozeleira eletrônica, apreensão de aparelhos móveis e proibição de contato com apoiadores, salvo familiares e advogados. Essa medida limita sua capacidade de articular politicamente e enviar mensagens às bases. InfoMoneyCadena SERAP News - Riscos jurídicos e simbólicos mais graves
Apesar de não ser prisão em regime fechado, a medida simboliza uma escalada judicial e sinaliza que, caso Bolsonaro desrespeite as restrições, a pena pode se tornar ainda mais severa — inclusive com possibilidade de regime fechado.