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CBF negocia com empresa britânica para trazer VAR semiautomático ao futebol brasileiro

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está em negociação com a empresa britânica Genius, especializada em tecnologia de arbitragem, para implementar o VAR semiautomático nas competições nacionais a partir de 2026. O objetivo é modernizar o sistema de vídeo-arbitragem, adotando o mesmo modelo já utilizado em torneios da FIFA e nas principais ligas da Europa, como a Premier League.

A entidade busca reduzir erros e agilizar decisões envolvendo lances de impedimento, um dos principais focos de críticas de clubes e torcedores. O novo sistema utiliza câmeras de alta precisão e inteligência artificial para rastrear o movimento dos jogadores em tempo real, gerando uma imagem tridimensional que indica automaticamente a posição de impedimento.

Tecnologia e custos

O projeto prevê a instalação de 12 câmeras inteligentes em cada estádio, capazes de mapear 29 pontos de articulação do corpo de cada jogador. O custo estimado para operação gira em torno de R$100 mil por partida, valor significativamente superior ao do VAR tradicional, que atualmente custa cerca de R$20 mil.

Apesar do aumento de despesas, a CBF avalia que o investimento trará ganhos em credibilidade e eficiência, aproximando o futebol brasileiro dos padrões internacionais. O modelo a ser adotado é semelhante ao utilizado na Copa do Mundo do Catar (2022) e na Premier League, onde o sistema reduziu o tempo médio de análise de impedimentos para menos de 25 segundos.

Parceria internacional

A Genius, empresa britânica em negociação, já fornece tecnologia de arbitragem para federações europeias. A parceria incluiria a adaptação da infraestrutura para os estádios brasileiros, treinamento de profissionais locais e suporte técnico contínuo.

O contrato deve ser firmado ainda no primeiro semestre de 2026, com fase de testes prevista para o fim do Brasileirão de 2025. Caso os resultados sejam satisfatórios, o sistema será utilizado integralmente nas Séries A e B a partir da temporada seguinte.

Desafios pela frente

Entre os principais desafios estão a adequação estrutural dos estádios, que variam muito em tamanho e condições técnicas, e a definição sobre quem arcará com os custos se a própria CBF, as federações estaduais ou os clubes.

Outro ponto em análise é a regularização jurídica da empresa estrangeira no Brasil, que pode exigir registro formal para atuar em competições oficiais.

Um salto tecnológico

Com a adoção do VAR semiautomático, o Brasil se tornaria o primeiro país da América do Sul a empregar a tecnologia em seus campeonatos nacionais. A CBF acredita que a medida pode melhorar a imagem do futebol brasileiro, aumentar a confiança do público e reduzir a margem de erro em lances decisivos.

“A tecnologia veio para somar e dar mais transparência às decisões. O futebol precisa acompanhar as evoluções que o mundo já adota”, declarou um dirigente da entidade, sob reserva.

A expectativa é que o anúncio oficial da parceria e dos testes-piloto aconteça ainda no início de 2026.

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