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Brasileiros que estudam em Portugal enfrentam aluguéis caros e dificuldade para encontrar moradia

Brasileiros que estudam em Portugal enfrentam um cenário de aluguéis cada vez mais caros e dificuldade para encontrar moradia. Nos últimos três anos, o preço médio de um quarto saltou 50%, de cerca de € 275 em 2024 para € 415 em 2025, o equivalente a mais de R$ 2,5 mil por mês. Esse aumento representa um grande desafio para os mais de 11 mil universitários brasileiros no país.

No Porto, a segunda maior cidade de Portugal e um dos principais destinos de estudantes, o valor médio do aluguel de quartos chega a € 400 mensais, enquanto em Lisboa, capital do país, pode atingir € 500. Esses valores são superiores à metade do salário mínimo português, que é € 870. Essa alta está vinculada à baixa oferta de imóveis, já que Portugal tem atraído um número crescente de turistas e imigrantes, pressionando o mercado imobiliário.

Estudantes relatam que a concorrência por vagas está acirrada, com visitas a imóveis exigindo decisões imediatas e até pedidos de pagamento antecipado para sequer visitar alguns locais. Muitos têm optado por regiões consideradas de maior risco ou periferia para economizar, mesmo que apresentem questões de segurança.

Além do aluguel, estudantes ainda enfrentam desafios na obtenção de contratos formais, já que a ausência deles ou contratos informais podem encarecer ainda mais o custo, com acréscimos de até 28% nos preços. A situação tem dificultado até mesmo o início dos estudos de alguns brasileiros, que deixam de se matricular por não conseguirem encontrar moradia acessível.

Em média, o custo mensal para estudantes em cidades universitárias portuguesas varia entre € 600 e € 1.200, incluindo moradia, alimentação, transporte e outras despesas. Comparado com estudantes locais, os brasileiros e outros estrangeiros pagam mensalidades universitárias mais altas, tornando a experiência ainda mais onerosa.

Esse cenário exige dos estudantes brasileiros planejamento financeiro rigoroso e flexibilidade diante das limitações do mercado imobiliário em Portugal.

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