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Brasil se Consolida Como Laboratório Global de Blockchain em Escala, Afirma Fernando Passoni

O Brasil está se destacando como um laboratório de blockchain em escala mundial, com o potencial de se tornar um exportador de tecnologia neste setor. Essa é a visão de Fernando Passoni, um investidor que atua no mercado financeiro global e acompanha de perto as inovações tecnológicas.

A afirmação de Passoni, citada pela Bloomberg Línea, ressalta o reconhecimento internacional do trabalho que vem sendo desenvolvido no país em relação à tecnologia de registro distribuído.

Por Que o Brasil se Destaca?

Diversos fatores contribuem para que o Brasil seja visto como um polo de inovação em blockchain:

  1. Drex (Real Digital): O projeto do Drex, a Moeda Digital de Banco Central (CBDC) brasileira, é um dos mais avançados globalmente. Liderado pelo Banco Central do Brasil, o Drex utiliza a tecnologia blockchain para tokenizar ativos e facilitar transações financeiras de forma mais eficiente e segura. O projeto está em fase de testes e já conta com a participação de grandes instituições financeiras, o que demonstra a seriedade e o avanço da iniciativa.
  2. Regulamentação Proativa: As autoridades brasileiras, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), têm demonstrado uma postura proativa em relação à regulamentação do mercado de ativos digitais e blockchain. Essa clareza regulatória, embora ainda em evolução, oferece um ambiente mais seguro para o desenvolvimento de projetos e o investimento no setor.
  3. Projetos de Tokenização: O Brasil tem visto um crescimento significativo na tokenização de ativos tradicionais, como imóveis, recebíveis, títulos e até mesmo royalties. Empresas e instituições têm explorado a blockchain para fracionar ativos, democratizar investimentos e aumentar a liquidez, transformando a forma como os investimentos são gerenciados. A ABcripto, por exemplo, destaca o Brasil como a “nação da tokenização” em termos qualitativos e de variedade de projetos.
  4. Rede Blockchain Brasil (RBB): O Governo Federal, através de órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), está desenvolvendo a Rede Blockchain Brasil (RBB) para aplicações de interesse público. A RBB busca criar uma infraestrutura compartilhada para diversos serviços governamentais, como emissão de diplomas digitais e a Carteira de Identidade Nacional, que já utiliza blockchain para autenticação de dados.
  5. Ecossistema Vibrante: O país conta com um ecossistema crescente de startups e empresas especializadas em blockchain, desenvolvendo soluções em diversas áreas, desde pagamentos (como Bitfy e Picnic) até segurança e autenticação digital (OriginalMy).

Potencial de Exportação de Tecnologia

Fernando Passoni enfatiza que essa experiência em “laboratório de escala” posiciona o Brasil não apenas como um consumidor, mas também como um potencial exportador de tecnologia blockchain. As soluções e aprendizados adquiridos na implementação de projetos complexos, como o Drex, podem servir de modelo e serem replicados em outros países que buscam inovar com a tecnologia.

O cenário atual indica que o Brasil não está apenas acompanhando a tendência global da blockchain, mas está ativamente na vanguarda, testando e implementando soluções que podem moldar o futuro das finanças, da governança e de diversas outras indústrias em um nível global. A atenção do mundo se volta para o país, ansiosa para ver os próximos passos e os resultados dessa experimentação em larga escala.

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