A defesa de Bolsonaro deve entrar com novos recursos para serem julgados pela Primeira Turma do STF, mas está pessimista quanto ao resultado. Os advogados do ex-presidente falam que entrarão com embargos infringentes, mas esperam que eles sejam negados. Aliados políticos de Bolsonaro também já esperam a prisão e fazem os cálculos para os próximos passos políticos.
O Centrão quer uma chapa para 2026 sem um membro da família Bolsonaro, mas precisa do aval do ex-presidente para evitar críticas da extrema-direita. Após a publicação da ata do julgamento de Jair Bolsonaro com a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (17), há uma linha muito clara de expectativa e realidade dentro do núcleo duro bolsonarista a respeito da prisão do ex-presidente. Enquanto o grupo está pessimista e já espera a prisão de Bolsonaro, a defesa faz os cálculos para os próximos passos do caso.
Advogados do presidente ouvidos pelo blog já falam que entrarão com os chamados embargos infringentes, mas esperam um destino similar ao precedente do caso do ex-presidente Fernando Collor. Ou seja, esperam que os recursos sejam negados e que em seguida o STF determine a prisão de Bolsonaro. 🔎Embargos infringentes: são usados quando há divergência entre os votos dos ministros.
No STF, esse recurso só é aceito se pelo menos dois ministros da Turma votarem pela absolvição. No caso do grupo principal envolvido na tentativa de golpe, essa condição não foi cumprida. Outra alternativa na mesa da defesa é entrar com uma revisão criminal.