Em meio à intensa mobilização da direita, que tem realizado protestos sem a presença de seu líder, Jair Bolsonaro, setores bolsonaristas estariam reclamando das “ausências” de figuras-chave e da falta de uma liderança unificada nos atos. A insatisfação surge mesmo com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmando que as manifestações da direita “bombamos”, demonstrando o entusiasmo com a mobilização de sua base.
A principal ausência, claro, é a do próprio Jair Bolsonaro, que, com a sua defesa atuando para afastar o risco de prisão, tem se mantido longe das ruas. Além disso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro tem sido outro nome ausente nos atos, já que sua licença parlamentar para ficar nos Estados Unidos se encerrou, e a Polícia Federal avalia medidas contra ele por suspeita de extorsão à Justiça.
A ausência de Eduardo Bolsonaro foi alvo de críticas até mesmo de um ministro do Judiciário. Gilmar Mendes afirmou que o deputado “fugiu do país covardemente”, o que aprofunda a insatisfação de parte da base com a falta de presença da família Bolsonaro em momentos cruciais.
Apesar das reclamações, a oposição continua ativa. O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, pediu uma reação contundente da Casa após a prisão de Carla Zambelli, que irá pedir asilo político à Itália. A pauta da anistia também se mantém no centro do debate, mostrando que o movimento da direita busca se reestruturar e se manter relevante mesmo com a ausência de suas principais figuras.